21/10/2015

Danças antigas no Acre

Marcha Desfeiteira (A Desfeiteira é uma dança que tem origem na vila de Alter-do-Chão, paraíso ecológico localizado a cerca de 30 quilômetros do município de Santarém (PA), na Região do Baixo Amazonas. Pela proximidade com o Estado do Amazonas, lá também a Desfeiteira acabou se integrando à cultura popular local. Mas é na festa do Çairé, em Santarém (no mês de setembro), que se pode ver com mais freqüência essa manifestação folclórica, ainda nos dias atuais. A dança recebe o acompanhamento musical com instrumentos percussivos de pau e corda, além do sopro. São usados curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas. Os casais de dançarinos se posicionam em duas colunas de pares. Em geral, as mulheres se posicionam à direita dos homens. A dança começa com os homens com o braço esquerdo voltado para as costas. A mão direita dos homens segura a mão esquerda das damas, que usam as saias para acompanhar os movimentos do companheiro.) Essa dança era muito comum nos bailes de seringais na região do Purus e Juruá do inicio do seculo 20 a década de 80, ainda hoje existem varias pessoas que ainda sabem dançar a desfeiteira, ´dança em pares e com intervalos para o par escolhido dizer seu verso, é uma dança muito divertida e tensa porque nem sempre as pessoas sabem dizer o verso, isso nos dias de hoje essa dança foi dançada recentemente no Baile do Seringueiro em agosto de 2014 na Tentamen promovido pela Rede Banzeiro, com a presença dos Baques do Acre. No Acre os instrumentos usados na desfeiteiras são: Percussão com tambores de látex, colher, Espanta cão ou Cavalo do Diabo, sanfono e violão. . As informações que incluídas aqui provém de tradição oral de idosos residentes no município de Rio Branco, que vivenciaram a DESFEITEIRA durante sua juventude até a década de 80. Fontes: Antonio José da Silva, 1941 (Antonio Pedro): Conheceu esta arte ainda criança, com seu pai Antonio José da Silva, Rio Grandense que se se tornou seringueiro no Acre. Mesmo sendo uma dança que acompanha música instrumental, seu pai compôs uma linda canção utilizada para abrir a brincadeira, que resume bem seu espírito de improviso e ludicidade: Quem tem toca flauta, quem não tem toca taboca,Quem tem namorada dança, quem não tem olha da porta” No seringais do município de Feijó, a desfeiteira era considerada, segundo seu dizer “era uma dança da sociedade”, ou seja, promovida muitas vezes pelos patrões, numa sociedade onde também aconteciam outros eventos culturais em contextos mais reservados entre os trabalhadores. Baques de marchas Ritmo binário de provável origem nordestina, mas com sotaque indígena. Em algumas variantes, fica evidente a sobreposição dos ritmos tocados pelas etnias do tronco Kampa, em instrumentos semelhantes às caixas do divino. -Baques de sambas Ritmo quaternário com forte tendência indígena. Suas células são idêndicas ao Huayno andino e historicamente tem procedência das aldeias de diversas etnias localizadas no Acre. Antônio Pedro aprendeu a tocá-lo ainda em sua infância no cupixau de um Tuchau da etnica Shanenawá, tronco Pano. Outras etnias Pano, como os Kuntanawa, Huni Kuin e Yawanawá possuem formas ritmicas semelhantes nas canções, e quando tocadas em violão, praticamente idênticas em execução à técnica de Antonio Pedro."Segundo Alexandre Anselmo" Pesquisado musical.

13/10/2014

Apresentação teatral na Aldeia Lago Lindo no rio Tarauacá.

Ibã Huni Kuin - Awa, Regina Maciel - Jiboia, Mama Huni Kuin - Duabusã. Ao termino da encenação do mito Yo bá ou o Mito do surgimento da Ayawaska na cultura Huni kuin do Jordão. Encenação foi conclusão da oficina de teatro realizada no Festival Huni Kuin Xinâ Bena nos dias 02 a 07 de setembro/14. Fotos: Diego Gazola

15/09/2014

Viagem de Pesquisa a Aldeia Huni Kuin Lago Lindo no rio Jordão dos dias 02 a 07 de setembro de 2014.

Essa viagem foi financiada pelo Edital Amazônia Cultural 2013 pelo Ministério da Cultura. Saímos do Aeroporto Placido de Castro no dia 02 de setembro com destino ao município de Jordão, saímos as 11h e 30mim e chegamos 13h no aeroporto de Jordão, fomos muito bem recebidos já no aeroporto, nos levaram para o almoçar e em seguida já fomos para o porto pegar os barcos para subir. Chegamos na aldeia as 18h foram 5 horas de viagem com o rio muito seco, em vários momento tínhamos que descer para empurrar o barco. Já na aldeia também fomos muito bem recebidos e encaminhados ao alojamento e em seguida foi servido a janta. Logo que chegamos já havia uma quantidade grande de pessoas de fora do Estado do Acre, estrangeiros de vários países, naquela mesma noite no kupixawa o povo se concentrava para as 10h iniciar o Nixi Pae. Fiquei uns 15 minutos com eles escutando sua musica, mas o sono era grande e resolvi sai para dormi. Foram 5 dias de festival com danças, mariri, ritual dos legumes, comidas tipicas como: Tapioca, macaxeira cozida, mingal de banana etc...contação de histórias, trilha para o lago, trilha para Samaúma e muito nixi pae, pintura com jenipapo, urucu e muito rapé para tomar. No dia 06 de setembro as 9h realizamos uma oficina de teatro com os jovens indígenas, no espaço do Kupixawa, concluímos ao meio dia com uma cena do mito de Yo Bá pronta para ser mostrado no período da tarde, participaram em torno de 10 meninos e meninas. Fotos Regina Maciel.