04/07/2009

Pina Bausch: tudo é dança "In Memori"


Morre "Pina Bausch" 30/06/2009
A Cia. Garatuja sempre foi admiradora do trabalho dessa grande criadora.
Para quem ainda não conhece ai está um texto do Marcus Bosch.
A dançarina Pina Bausch rompeu radicalmente com o balé clássico e se voltou contra a tradição da Modern Dance. Essa mulher virou todo o mundo da dança de pernas para o alto em seus 40 anos de trabalho. Teatro-dança é como a maioria denomina o que ela faz. Pina Bausch, no entanto, se refere a uma "abordagem psicológica individual". Cada peça é um novo apelo para que o espectador "confie em si mesmo, se enxergue e se sinta".

Embora a coreógrafa já tenha encenado mais de 30 peças e criado uma nova linhagem da dança, seu trabalho não se torna rotineiro e sempre está ligado a um certo risco. O medo não cessa: medo de fracassar, medo de não terminar a tempo. Afinal, "no princípio era o nada".

Sua carreira começou com aulas de balé. Nascida em 1940, em Solingen, filha de um dono de restaurante, Phillipine Bausch gostava de passar seu tempo debaixo da mesa. Ela costumava passar horas a fio no restaurante dos pais observando os fregueses. "Eu não queria ir para a cama."

Desde cedo se entusiasmou pela dança. As primeiras apresentações lúdicas com o balé infantil ocorreram em Wuppertal e Essen. Com 15 anos, iniciou sua formação de dança na Folkwangschule de Essen, fundada pelo célebre coreógrafo Kurt Joos.

Pina Bausch se recorda desse período, fala de uma "época excitante". Em Kurt Joos, ela encontrou ao mesmo tempo o "legendário renovador da dança expressiva", um mentor e uma pessoa de confiança. Além disso, especialmente inspiradora era a atmosfera criativa da escola, que até hoje une sob o mesmo teto todas as artes: teatro, música, dança, gravura e pintura. "A gente convivia, enxergava e escutava os demais, aprendia um com o outro", lembra Pina.

Em seus trabalhos tardios, ela viria a conjugar inúmeros elementos de dança, música, linguagem e teatro. Mas, antes de mais nada, a estudante concluiu o curso de Dança e Pedagogia em Dança no ano de 1958. E viajou imediatamente depois aos Estados Unidos, após ter recebido um prêmio de distinção e uma bolsa de estudos da Folkwang.

"Special student" Pina Bausch

"Não me senti nem um pouco sozinha em Nova York", conta ela. Afinal, a "special student" Pina Bausch mal teria tempo para tal. Ela estudou com Antony Tudor e José Limón, dançou na Juillard School of Music e na Metropolitan Opera.

A pedido de Kurt Joos, a jovem dançarina retornou à Alemanha em 1962. E começou a dançar como solista no recém-fundado balé da Folkwang, apresentando-se em Amsterdã, Hamburgo, Londres e no Festival de Salzburgo. Na época, a dançarina ainda não pensava em encenar, embora seus primeiros trabalhos como coreógrafa viessem a surgir alguns anos depois.

Foi com uma bota de sete léguas que Pina Bausch avançou de suas primeiras encenações bem-sucedidas de teatro-dança até o posto de coreógrafa e diretora do corpo de baile de Wuppertal. Após ter recebido o primeiro prêmio num concurso de coreografia de Colônia, ela assumiu a direção do estúdio de dança da Folkwang. Bausch tinha 33 anos quando foi contratada para dirigir o Balé do Teatro de Wuppertal, em 1973.

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Companhia de teatro-dança de WuppertalA ousadia de vanguarda da jovem coreógrafa chocou inicialmente grande parte do público. O que ocorria no palco muitas vezes não era aquilo que constava do programa impresso. Os bailarinos não necessariamente dançavam, mas, no mais, pareciam fazer de tudo... O público expressava sua indignação vaiando ou retirando-se do recinto, sem esquecer de bater a porta. Até telefonemas anônimos com ameaças ela chegou a receber.

A ruptura de tradições foi uma tarefa árdua, sobretudo num teatro subvencionado pelo Estado. Mas Pina Bausch não se deixou dissuadir de sua concepção de dança, para a qual não existem instruções de uso. Sua versão de Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Táuris), de 1974, foi recebida pela crítica como um dos acontecimentos mais importantes da temporada de dança.

Cavaleira da Legião de Honra

Com uma montagem de Brecht e Weill, Pina Bausch rompeu definitivamente com todas as formas tradicionais do teatro-dança em 1976. Ela se voltou para uma dança cênica obstinada e contundente, diretamente ligada ao teatro falado. Colagens de música popular, clássica, free jazz e enredos fragmentários culminaram numa nova forma de encenação, caracterizada por ações paralelas, contraposições estéticas e uma linguagem corporal incomum para a época.

Sua companhia se tornou a principal representante da dança da Alemanha Ocidental no exterior. Turnês em todos os continentes foram e continuam tendo uma recepção altamente entusiástica. Pina Bausch começou a acumular prêmios de todas as espécies, como o Prêmio Europeu de Teatro, o Praemium Imperiale japonês, a Cruz de Mérito do governo alemão, a condecoração da Legião de Honra, apenas para citar alguns.

Sua comunidade internacional de fãs continua crescendo e se reúne em Wuppertal, o novo local de peregrinação do teatro-dança. Nos palcos internacionais, a companhia de Bausch já se apresentou em co-produções com universidades de dança dos Estados Unidos, do Hong Kong Arts Festival, da Expo 1998 em Portugal, do Theatre de la Ville de Paris e muitos outros.

Cada montagem é única

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Companhia de teatro-dança de Wuppertal"Cada peça é diferente, mas profundamente ligada a mim", descreve Pina Bausch sua acepção de teatro-dança. Seu trabalho combina tristeza e desespero calado com "a expressão calorosa do amor à vida", descreveu uma crítica. "Os temas permanecem os mesmos; o que muda são as cores", explica a coreógrafa. Ao narrar, ela se mantém fiel a determinados princípios: ações simultâneas, marcação das diagonais do palco, repetições propositais e suspense dramático por meio de contraposições e progressões.

Apesar dos êxitos das últimas décadas, a coreógrafa e dançarina prossegue seu trabalho incansavelmente. "A única coisa a fazer é realizar o trabalho junto com os dançarinos, de modo que cada apresentação seja um prazer. E isso tem que ser retrabalhado todas as noites."

Marcus Bösch (sm)

VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA 2009



"OFICINA DE CRIAÇÃO DE MOVIMENTO E DRAMATIZAÇÃO DO GESTO"

OFICINAS: 24, 25, 26 E 27 DE NOVEMBRO DE 2009

PARA DANÇARINOS, ATORES E CANTORES

COM JAIR DAMACESNO DE MATO GROSSO DO SUL

INSCRIÇÕES EM 16 Á 23 DE NOVEMBRO DE 2009


A VI MOSTRA ACONTECE NOS DIAS 28 E 29 DE NOVEMBRO.

TEATRO PLÁCIDO DE CASTRO


EM BREVE ENVIAREMOS AS FICHAS DE INSCRIÇÕES PARA OS GRUPOS CONVIDADOS.

ESTAMOS ESPERANDO AS SUGESTÕES DE VOCÊS INTERESSADOS QUANTO AOS WORKSHOPS DE DANÇA!!


04/06/2009

URBANOIDES

Os Urbanoides faz uma crítica social ao sistema urbano das cidades onde os seres já não têm noção dos prejuízos que eles causam a cidade com a poluição e o lixo que eles urbanoides produzem. A platéia irá ter uma idéia do quanto é importante nos dias de hoje estamos atento a essa situação e irão se identificar com as situações apresentadas a cada cena.
AGUARDE!!! EM BREVE EM ALGUM TEATRO DA CIDADE

A FADA QUE TINHA IDÉIAS


Cia. Garatuja de Artes Cênicas
Apresenta
“A Fada que Tinha Idéias”



Sinopse
FOTO DE REVOLUÇÃO NO GALINHEIRO 2008
“Quando alguém inventa alguma coisa, o mundo anda”, argumenta Clara Luz, uma fadinha serelepe que se recusa a obedecer o velho “Livro das Fadas” e faz questão de criar suas próprias mágicas – todas mira¬bolantes, como preparar bolinhos de luz ou colorir a chuva. “A Fada que Tinha Idé¬ias”, peça de Fernanda Lopes de Almeida, é a nova montagem do Núcleo Infantil da Cia. Garatuja de Artes Cênicas.
O livro com a história de Clara Luz é de 1971, ganhou versão para teatro em 1982 e encanta pela forma como enaltece a inventividade da criança, sempre atrás de novos ângulos para ver o que já foi visto. A peça, estreará em Julho de 2009 no Teatro Helio Melo as 17h, o ingresso custará R$ 5,00 e um kilo de alimento não perecível para serem doados ao Educandário Santa Margarida.
Esse intercâmbio cultural e pedagógico, aliás, é o objetivo central da companhia que freqüenta as oficinas permanentes, ao longo de todo o ano. “A companhia é exemplo de arte-educação conhecido em muitas insti¬tuições culturais e educacionais do Acre”,,.
Em 19 anos de estrada ministrando oficinas nunca foi tão bom estarmos presenciando a “incrível auto-superação” dos atores mirins, vencendo seus medos para se apresentar em público e aprendendo a trabalhar em conjunto. Em quatro anos de oficinas cerca de 90 meninos e meninas subiram ao palco como parte do projeto, que já resultou em quatro montagens. Ao Final todos recebem certificado com carga horária é média.
As oficinas semanais com essa turminha duram três horas. Os três primeiros meses de cada ano, os participantes fazem jogos de integração, exercícios de expressão corporal e improvisações, enquanto a diretora cuida de selecionar vários texto para que eles escolham. Os ensaios consomem três meses e a estréia é no meio do ano. As apresentações para a comunidade são vitais. “Dessa forma, os alunos podem vivenciar a real experiência do fazer teatral, que só se concretiza na presença do público, e amadurecem.”“A Companhia é um celeiro artístico. Há investimento no ensino e na extensão da arte para a comunidade, incentivo aos profissionais e estudantes e liberdade para trabalhar”
Autora: Fernanda Lopes Almeida
Diretora: Núbia A. Alves
Coordenação do Projeto: Regina Cláudia

06/05/2009

Workshops que serão realizados durante a VI Mostra

Diretores, bailarinos e coreografos sugira nos comentários a baixo o workshop que vc gostaria que fosse realizado durante ou antes da VI Mostra Garatuja de Dança.
A Cia. Garatuja agradece a sua sujestão.

Workshops: Sapateado, jazz, tercido circense, contemporâneo, dança de salão, danças folcloricas, danças populares, rip rop, dança teatro, expressão corporal e outros

VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA 2009



EM 2009 NÃO TEREMOS FESTIVAL DE DANÇA DO AQUIRY, SÓ EM 2010, MAS NOS DIAS 28 E 29 DE NOVEMBRO DE 2009 NO TEATRO PLACÍDO DE CASTRO AS 19H E 30M ESTAREMOS APRESENTANDO JUNTO COM DIVERSOS GRUPOS CONVIDADOS A VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA, COM DIVERSAS MODALIDADES "AGUARDE"! VALE A PENA!


JOÃO CARLOS RAMOS, BAILARINO DA CIA. AÉREA DO RIO DE JANEIRO, PARTICIPOU DA V MOSTRA GARATUJA DE DANÇA EM 2008 E MINISTROU A OFICINA DE DANÇA E SALÃO.

PRÊMIO KLAUSS VIANNA DE FOMENTO A DANÇA 2008

A CIA. GARATUJA DE ARTES CÊNICAS GANHA MAIS UM PRÊMIO A NÍVEL NACIONAL, ESSE É UM GRANDE RECONHECIMENTO DOS TRABALHOS QUE ESTAMOS DESENVOLVENDO AO LONGO DESSES 19 ANOS AINDA ESTE ANO ESTREIAREMOS O ESPETÁCULO "A SAGA DE YO BUIÉ" UM PROJETO DE PESQUISA QUE VINHA SENDO DESENVOLVIDO DESDE 2004 JUNTO AS COMUNIDADES INDIGENAS E AUASQUEIRAS DO ACRE, TRATA-SE DE UM ESPETÁCULO DE TEATRO E DANÇA. "AGUARDE'!!