25/11/2009

Estreia de "A Saga de Yo Buié"

Não Perca a estréia do espetáculo 'A Saga de Yo Buié" no Teatro de Arena do Sesc nos dias 05,06,08,09 e 10 de dezembro de 2009 as 21h.
Entrada proibida para menores de 14 anos.
Ingressos: R$ 12,00 meia entrada R$ 6,00

"A Saga de Yo Buié"




A Saga de Yo Buié


Sinopse

Yo Buié Nawa Tarani, brinca a beira do lago, sobe no jenipapeiro eis que ver uma cena extraordinária, seus desejos mais obscuros e carnais afloram e é encantado. Nesse novo mundo Yo passa a conviver com as cobras gigantes lá ele aprende a bebe cipó, mas Yo sente falta de sua família e quer voltar a sua aldeia.

Release

Baseado na mitologia dos índios Kaxinauas do rio Jordão a Cia. Garatuja em seis anos de pesquisa construiu uma dramaturgia da dança teatro para esse espetáculo. Os corpos que falam através de movimentos criados e improvisados dentro do laboratório de dança, nesse trabalho os atores bailarinos tiveram a chance de criar e experimentar ações físicas e ao mesmo tempo a fala. A partir dessa consciência, o executor inicia o processo de criação da dança, momento de subjetividade e de interpretação individualizada e ao mesmo tempo coletiva, baseada em direcionamentos precisos. Essa consciência oferece maior liberdade ao criador e a direção torna-se mero facilitador do movimento, ao invés de dar as regras do jogo.
O espetáculo é o inicio de uma pesquisa que trata de discutir os meios de construção de afirmação identitária da cultura da Ayahuasca ao Santo Daime, resultado da qual partimos das aldeias indígenas, seringais até as comunidades Daimistas. Abordando os processos rituais, da religiosidade às cerimônias seculares, do jogo e da brincadeira centrados nos seus modos de (a)presentação e de expressão – aquilo a que podemos chamar de expressões performativas.
Justificado da maneira como eles contam todos os mitos da criação do mundo e de todas as coisas. Esse mito foi escolhido entre muitos que nos foi contado para ser o que iríamos construir uma dramaturgia baseado na dança teatro. Esse método extremamente contemporâneo já vem sendo pesquisado pela companhia desde 2001. O diferencial deste método para o de “Pina Bausch” é o imaginário amazônico também presente nos outros trabalhos como: Rastros “2001 a 2009” e Nawaki “2004”.
A trilha sonora é toda baseada na musicalidade acreana de sons da floresta dos batuques e baquiris.

Ficha técnica
Dramaturgia, pesquisa e direção...................................Regina Cláudia
Coreografias......................................................Criação Coletiva
Iluminação........................................................Luiz Rábico
Cenografia e Figurino.............................................Regina Cláudia
Adereços..........................................................Cleberson Monteiro
Trilha Sonora.....................................................Regina Cláudia
Produção Executiva................................................Núbia Alves
Designer Gráfico..................................................Danto Freitas
Contra-regra......................................................Edicley Araújo

Bailarinos - criadores – intérpretes
Danilo Guimarães........................................Yo Buié
Jaiana Oliveira ............................................Mulher nativa
Bismark Costa......................................Guerreiro, Anta e Iskin
Cássia Lima...............................................Encantada e nativa
André Rocha.............................................Pajé, Cobra grande
Marissa Mourão..................................Queixada, Cobra e nativa

Agradecimentos: Narciso Augusto, Raimundinha Kaxinawa, Cícero Franca, Thiago Lima, Danto Freitas, Reis, Derivaldo, Diego.

24/11/2009

VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA 2009



fato existe produções nas mais variadas modalidades mais ainda muitos dispersos, precisamos nos Não deixe de assistir a VI Mostra Garatuja de Dança, com a participação de diversos grupos e companhias de dança do Estado do Acre, você verá do classico ao hip hop. As 19 horas no Teatro Placido de Castro dias 28 e 29 de 2009.

VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA-2009
Estamos no sexto ano consecutivo de mostra de dança sempre com o mesmo intuito “Fortalecimento do movimento de dança do Acre” a companhia garatuja em seus nove anos de trabalhos com dança e 19 anos de teatro se considera vitoriosa. Afinal alguém teria que começar e acreditar sem desistências pelo meio do caminho, sempre pensamos no bem do coletivo.
Essa persistência nós gerou dois prêmios de Dança. O primeiro em 2007 Klauss Vianna de fomento a dança com projeto “Estagio Modular da Dança” projeto de pesquisa que gerou o texto “A Saga de Yo Buié” que em 2008 ganhou o segundo prêmio Klauss Vianna de Fomento a Dança 2008 todos com patrocínio da Petrobras. Este ano esse mesmo espetáculo abrirá as duas noites de Mostra e em seguida haverá participação dos grupos convidados.
Como todos os anos teremos participação de diversos grupos e companhias de dança de todo o Estado.
O Movimento de dança do Acre-MODA busca um caminho para se organizar. Criado dentro do Fórum de Arte Cênica em agosto de 2009. Organização sem hierarquia com O objetivo maior do MODA é estabelecer diretrizes para uma política cultural de Estado voltada para o setor, discutindo e avaliando programas em execução e mobilizar esforços e informação para ampliar as ações específicas aos vários aspectos de cada segmento da dança.
Os grupos estão quase sempre em academias, escolas em sua maioria no anonimato não é um movimento que costuma fazer barulho, mas que de fortalecer quanto movimento todos juntos! Em busca de parcerias quem nos proporcionem o aprendizado o intercâmbio o aperfeiçoamento técnico e artístico dos profissionais e amadores, abrindo espaço com infra-estrutura necessária para que todos tenham a oportunidade de se apresentar com qualidade, revelando talentos e promovendo uma grande troca de informações entre grupos, escolas, academias e companhias, permitindo assim uma reflexão mais abrangente no panorama da dança em Rio Branco e no Estado.



27/09/2009


FICHA DE INSCRIÇÃO DA VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA

Cia. Garatuja de Artes Cênicas.
Fundada em 28 de março de 1990
CNPJ: 06.374.593/0001-323
VI MOSTRA GARATUJA DE DANÇA
28 e 29 de novembro de 2009
Inscrição do Grupo
Nome do Grupo ou Escola:_________________________________________________________________
Diretor ou Responsável:___________________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________________________________
Cidade: __________________________________ UF.: _____ e-mail:____________________________
Cep.: ___________________________ Fone: ( ) _______________________
Data de chegada: ________/_________/_______
Utilizará Alojamento? ( ) Sim ( ) Não
Qual o meio de Transporte?_____________________
Data Saída: _______/______/_______
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
MODALIDADE
( ) Ballet Clássico de Repertório ( ) Ballet Clássico Livre ( ) Dança Moderna / Contemporânea
( ) Jazz ( ) Dança de Rua ( ) Sapateado ( ) Danças Populares ( ) Dança Folclórica ( ) Dança de Salão ( ) Hip Hop ( ) Dança do Ventre ( ) Dança Folclórica ( ) Dança Aérea
CATEGORIA
( ) Infanto-Juvenil (12 a 14 anos) ( ) Juvenil (15 e 16 anos)
( ) Juvenil-Avançado (17 e 18 anos) ( ) Adulto
( ) Solo ( ) Duo ( ) Trio ( ) Grupo
Nome da Coreografia: .................................................Nome do Coreógrafo:..................................................
Música: .............................................................................................Tempo de duração: ...............................
Release: (Explicar do que se trata a coreografia).............................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
PARTICIPANTES DA COREOGRAFIA em uma lista a parti com nome completo e telefone.
OBRIGATÓRIA PARA CADA COREOGRAFIA
Eu, .............................................................................................................................., portador(a) da Carteira de Identidade nº...........................................................................................................CPF nº....................................... Residente na cidade de.................................................................................................UF........................., libero a apresentação da coreografia ........................................................................................................................................ de minha autoria para apresentação na VI Mostra Garatuja de Dança/09.
Assinatura Coreógrafo: ...................................................................................
Assinatura Diretor: ..........................................................................................

A FADA QUE TINHA IDÉIAS

Estréia no dia 04 de outubro no Teatro Hélio Mello as 18h a peça "A Fada Que Tinha Idéias" da autora: Fernanda Lopes e Direção de Núbia Alves.
O Espetáculo é resultado da oficina montagem da Cia. Garatuja que acontece no Teatro Hélio Mello.
A peça irá se apresentar nos dias 11,18 e 25 de outubro/09

Apoio: Fundação Elias Mansuor

Socios Benemeritos:
Corpo Ativo Academia
Papelaria Escolar
Restaurante A Princezinha

04/07/2009

Pina Bausch: tudo é dança "In Memori"


Morre "Pina Bausch" 30/06/2009
A Cia. Garatuja sempre foi admiradora do trabalho dessa grande criadora.
Para quem ainda não conhece ai está um texto do Marcus Bosch.
A dançarina Pina Bausch rompeu radicalmente com o balé clássico e se voltou contra a tradição da Modern Dance. Essa mulher virou todo o mundo da dança de pernas para o alto em seus 40 anos de trabalho. Teatro-dança é como a maioria denomina o que ela faz. Pina Bausch, no entanto, se refere a uma "abordagem psicológica individual". Cada peça é um novo apelo para que o espectador "confie em si mesmo, se enxergue e se sinta".

Embora a coreógrafa já tenha encenado mais de 30 peças e criado uma nova linhagem da dança, seu trabalho não se torna rotineiro e sempre está ligado a um certo risco. O medo não cessa: medo de fracassar, medo de não terminar a tempo. Afinal, "no princípio era o nada".

Sua carreira começou com aulas de balé. Nascida em 1940, em Solingen, filha de um dono de restaurante, Phillipine Bausch gostava de passar seu tempo debaixo da mesa. Ela costumava passar horas a fio no restaurante dos pais observando os fregueses. "Eu não queria ir para a cama."

Desde cedo se entusiasmou pela dança. As primeiras apresentações lúdicas com o balé infantil ocorreram em Wuppertal e Essen. Com 15 anos, iniciou sua formação de dança na Folkwangschule de Essen, fundada pelo célebre coreógrafo Kurt Joos.

Pina Bausch se recorda desse período, fala de uma "época excitante". Em Kurt Joos, ela encontrou ao mesmo tempo o "legendário renovador da dança expressiva", um mentor e uma pessoa de confiança. Além disso, especialmente inspiradora era a atmosfera criativa da escola, que até hoje une sob o mesmo teto todas as artes: teatro, música, dança, gravura e pintura. "A gente convivia, enxergava e escutava os demais, aprendia um com o outro", lembra Pina.

Em seus trabalhos tardios, ela viria a conjugar inúmeros elementos de dança, música, linguagem e teatro. Mas, antes de mais nada, a estudante concluiu o curso de Dança e Pedagogia em Dança no ano de 1958. E viajou imediatamente depois aos Estados Unidos, após ter recebido um prêmio de distinção e uma bolsa de estudos da Folkwang.

"Special student" Pina Bausch

"Não me senti nem um pouco sozinha em Nova York", conta ela. Afinal, a "special student" Pina Bausch mal teria tempo para tal. Ela estudou com Antony Tudor e José Limón, dançou na Juillard School of Music e na Metropolitan Opera.

A pedido de Kurt Joos, a jovem dançarina retornou à Alemanha em 1962. E começou a dançar como solista no recém-fundado balé da Folkwang, apresentando-se em Amsterdã, Hamburgo, Londres e no Festival de Salzburgo. Na época, a dançarina ainda não pensava em encenar, embora seus primeiros trabalhos como coreógrafa viessem a surgir alguns anos depois.

Foi com uma bota de sete léguas que Pina Bausch avançou de suas primeiras encenações bem-sucedidas de teatro-dança até o posto de coreógrafa e diretora do corpo de baile de Wuppertal. Após ter recebido o primeiro prêmio num concurso de coreografia de Colônia, ela assumiu a direção do estúdio de dança da Folkwang. Bausch tinha 33 anos quando foi contratada para dirigir o Balé do Teatro de Wuppertal, em 1973.

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Companhia de teatro-dança de WuppertalA ousadia de vanguarda da jovem coreógrafa chocou inicialmente grande parte do público. O que ocorria no palco muitas vezes não era aquilo que constava do programa impresso. Os bailarinos não necessariamente dançavam, mas, no mais, pareciam fazer de tudo... O público expressava sua indignação vaiando ou retirando-se do recinto, sem esquecer de bater a porta. Até telefonemas anônimos com ameaças ela chegou a receber.

A ruptura de tradições foi uma tarefa árdua, sobretudo num teatro subvencionado pelo Estado. Mas Pina Bausch não se deixou dissuadir de sua concepção de dança, para a qual não existem instruções de uso. Sua versão de Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Táuris), de 1974, foi recebida pela crítica como um dos acontecimentos mais importantes da temporada de dança.

Cavaleira da Legião de Honra

Com uma montagem de Brecht e Weill, Pina Bausch rompeu definitivamente com todas as formas tradicionais do teatro-dança em 1976. Ela se voltou para uma dança cênica obstinada e contundente, diretamente ligada ao teatro falado. Colagens de música popular, clássica, free jazz e enredos fragmentários culminaram numa nova forma de encenação, caracterizada por ações paralelas, contraposições estéticas e uma linguagem corporal incomum para a época.

Sua companhia se tornou a principal representante da dança da Alemanha Ocidental no exterior. Turnês em todos os continentes foram e continuam tendo uma recepção altamente entusiástica. Pina Bausch começou a acumular prêmios de todas as espécies, como o Prêmio Europeu de Teatro, o Praemium Imperiale japonês, a Cruz de Mérito do governo alemão, a condecoração da Legião de Honra, apenas para citar alguns.

Sua comunidade internacional de fãs continua crescendo e se reúne em Wuppertal, o novo local de peregrinação do teatro-dança. Nos palcos internacionais, a companhia de Bausch já se apresentou em co-produções com universidades de dança dos Estados Unidos, do Hong Kong Arts Festival, da Expo 1998 em Portugal, do Theatre de la Ville de Paris e muitos outros.

Cada montagem é única

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Companhia de teatro-dança de Wuppertal"Cada peça é diferente, mas profundamente ligada a mim", descreve Pina Bausch sua acepção de teatro-dança. Seu trabalho combina tristeza e desespero calado com "a expressão calorosa do amor à vida", descreveu uma crítica. "Os temas permanecem os mesmos; o que muda são as cores", explica a coreógrafa. Ao narrar, ela se mantém fiel a determinados princípios: ações simultâneas, marcação das diagonais do palco, repetições propositais e suspense dramático por meio de contraposições e progressões.

Apesar dos êxitos das últimas décadas, a coreógrafa e dançarina prossegue seu trabalho incansavelmente. "A única coisa a fazer é realizar o trabalho junto com os dançarinos, de modo que cada apresentação seja um prazer. E isso tem que ser retrabalhado todas as noites."

Marcus Bösch (sm)